sábado, 14 de fevereiro de 2009

Abre os olhos.
Atentamente admira o que está ao seu redor.
O vento sopra a seu favor. Sempre.
Estufa o peito. Hora de partir.
Abre suas asas e finalmente desponta ao encontro do vôo da liberdade.
Insana, mergulha em vôos rasantes. Ver o horizonte lhe faz bem. A adrenalina estimula seus pensamentos.
Voa novamente.
O vale das almas – lá está ela. Sim. É possível vê-la.
Luz e trevas.
Quanto mais se despedaça, mais inteira e serena.
Sedenta.
Um grito ecoa.
Ninguém. Ninguém.
Vira a dor do avesso.
Escrava de desejos.
Ressurge.
Sim. Está livre.
Na pureza dos sentidos, é possível ver nos seus olhos o reflexo de sua alma.
Livre.
Livre.
O mundo lhe parece monótono às vezes. Afinal, não é possível a ninguém perceber a infinidade que carregas em suas asas. Visitante imprevisível.
Carregas sua bagagem, parece não lhe pesar.
Voando sempre alto. Cair não lhe assusta mais.
Enfim, seguirá o caminho dos céus. De onde ela está...
Intocável permanece.

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